Em reunião na última sexta-feira (17), a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19) demonstrou apoio unânime dos presentes à vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus, com o imunizante da Pfizer, em alinhamento à decisão da Anvisa sobre o assunto.
“Tendo em vista o recente parecer favorável por parte da Anvisa em relação ao pedido de autorização para aplicação da vacina desenvolvida pela fabricante Pfizer na população pediátrica entre 5 e 11 anos de idade no Brasil, a CTAI Covid-19 manifestou-se unanimemente favorável à sua incorporação na campanha nacional de vacinação, em reunião ordinária realizada no dia 17 de dezembro de 2021”, informou a nota do CTAI.O Ministério da Saúde ainda não adotou a vacinação de crianças com o imunizante da Pfizer. No dia 4 de janeiro será realizada uma audiência pública, na Saúde, para discutir o que foi oferecido em consulta pública, em adição com o posicionamento da CTAI. A discussão servirá de base para a decisão final do Ministério da Saúde, segundo informou o ministro Marcelo Queiroga.
De acordo com o ministro, questões em torno da aplicação da vacina em criança devem ser analisadas no “âmbito técnico” e ao “âmbito do Ministério da Saúde”, para, a partir daí, esta política ser seguida por estados e municípios.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade no Brasil. A decisão foi divulgada na quinta-feira (16) após avaliação técnica do pedido submetido pela farmacêutica no dia 12 de novembro.
A dosagem da vacina para esta faixa etária será ajustada e menor (um terço) que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Segundo a Anvisa, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo.Na reunião pública transmitida ao vivo pela Anvisa, o diretor-geral de Medicamentos da agência, Gustavo Mendes, afirmou que as evidências científicas disponíveis apontam que a vacina administrada no esquema de duas doses para crianças de 5 a 11 anos pode ser eficaz na prevenção de doença grave e de óbitos.
Com informações de Lucas Rocha e Carla Vilhena, da CNN