Pierre Borges - 01/12/2021 11h48 | atualizado em 01/12/2021 12h08
A variante Ômicron, do novo coronavírus, descoberta na última semana, na África do Sul, tem 50 mutações e já chegou ao Brasil. Ao menos três casos de pessoas infectadas pela cepa foram identificados no estado de São Paulo. Os pacientes, porém, apresentam sintomas diferentes dos provocados pela variante Delta, causadora da maioria dos casos recentes de Covid-19 no mundo.
A médica sul-africana Angelique Coetzee, que atendeu diversas pessoas com a nova variante, antes que ela fosse descoberta, disse ter percebido uma mudança nos sintomas de seus pacientes. Ela defende ainda que a Ômicron causa apenas sintomas leves. Veja quais são eles:
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– cansaço;
– dores musculares;
– coceira na garganta ou garganta arranhando;
– febre baixa (em poucos casos);
– tosse seca (poucos casos).
Mesmo com a declaração da médica, o que preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a nova cepa como uma “variante de preocupação” (VOC, na sigla em inglês), é a quantidade de mutações que a Ômicron possui. Das 50 alterações descobertas, 32 são na proteína Spike, principal ferramenta utilizada pelo vírus para penetrar nas células humanas.
A descoberta dessa variante veio em consonância com um aumento de casos de Covid-19 na África do Sul, o que pode indicar que a Ômicron é mais transmissível do que a Delta. Contudo, não é possível relacionar o aumento de casos no país com a baixa eficácia das vacinas, uma vez que apenas 25% da população sul-africana está completamente vacinada.
A proteína Spike também é o principal alvo das vacinas desenvolvidas até o momento. No entanto, ainda é necessária a realização de estudos para saber a eficácia das vacinas disponíveis atualmente contra a nova variante.