1.400 crianças de SE foram vacinadas irregularmente
Aplicação equivocada do imunizante aconteceu em todo o país
Publicada em 21/01/22 às 12:10h - 156 visualizações
por JORNAL DA CIDADE
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(Foto: Reproduçao )
O Supremo Tribunal Federal (STF) deu o prazo de 48h para que estados brasileiros, incluindo Sergipe, se manifestem sobre aplicação equivocada de vacinas contra Covid-19 em crianças e adolescentes. Conforme divulgado pela Advocacia Geral da União (AGU), em processo que tramita no STF, mais de 1.400 crianças sergipanas receberam doses de imunizantes para adultos, não autorizadas para aplicação em menores de 18 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o STF, os equívocos aconteceram em todo o país, sendo identificados através da Rede Nacional de Dados da Saúde, que é o sistema onde os estados e municípios são obrigados a registrar informações sobre os cartões de vacinação. Segundo tabela exposta no processo, 26 crianças de até quatro anos foram vacinadas contra a doença em Sergipe, num período onde a faixa etária ainda não tinha autorização da Anvisa ou do próprio Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação.
Outras 24 crianças entre cinco e 11 anos foram imunizadas com vacinas sem ser a Pfizer, única aprovada órgão regulador para aplicação nesta faixa etária. Assim como 150 crianças desta faixa etária receberam doses da Pfizer, no entanto, na versão para adultos, ao invés das doses pediátricas. Tudo isso aconteceu em 2021, sendo que os imunizantes para esta faixa etária só chegaram a Sergipe em 2022.
O que diz a SES? A Secretaria de Estado da Saúde (SES) se manifestou sobre o assunto. Por meio de nota, a pasta informa que os dados são referentes a “equívocos de registro da população vacinada”, e acrescenta que já solicitou aos municípios a correção, pontuando que há lentidão na atualização dessas informações por parte da Rede Nacional de Dados em Saúde. “A SES reforça ainda que, em Sergipe, a aplicação das doses é feita dentro dos padrões estabelecidos pela Anvisa e que o Estado tem diálogo constante com o Ministério da Saúde quanto ao processo de imunização contra a Covid-19”, acrescenta e conclui a nota pública divulgada pelo órgão.
Por Laís de Melo
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