Segue, nesta quarta-feira (2), a paralisação de cerca de 800 rodoviários de três empresas que fazem parte do transporte coletivo da Grande Aracaju. O ato teve início às 20h da segunda, 31 de janeiro, para cobrar dois meses de salários atrasados, férias, além de revisão salarial.
O movimento paredista deixa 125 ônibus parados, muitos deles em parte da Avenida Marechal Rondon, que liga a capital à cidade de São Cristóvão. As outras empresas prestadoras do transporte dão suporte às 39 linhas afetadas. Mais de 100 mil passageiros podem estar sentindo o impacto, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp).
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra) informou que os rodoviários só aceitam voltar ao trabalho com 100% dos salários pagos. Mas, de acordo com o Grupo Progresso, os salários dos rodoviários ainda não foram pagos devido a um bloqueio judicial ocorrido nas contas da empresa e que medidas judiciais cabíveis já foram adotadas para que esses recursos sejam liberados para pagamento.
Em nota, o Setransp disse que "essa situação é uma consequência da realidade de desequilíbrio econômico vivido pelo setor de transporte, que durante esses últimos dois anos de pandemia acumulou débitos e aumento de custos, enfrentou uma dura queda de receita e continua não contando com nenhum aporte extra tarifário". O sindicato disse, ainda, que tem buscado apoio dos governos municipal, estadual e federal no sentido de se obter subsídios para as gratuidades, isenção do ICMS do diesel, entre outros.