Um pastor evangélico da cidade de Bauru, no interior de São Paulo, virou alvo de um inquérito da Policia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), após uma denúncia de que ele teria atuado como funcionário fantasma no gabinete de um outro pastor, deputado Jefferson Campos (PL), que é vice-presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular.
De acordo com a denúncia, o pastor Daniel Albertoni foi lotado no gabinete do deputado entre 2008 e 2021 como secretário parlamentar, mas neste período, só esteve em Brasília apenas uma vez, de acordo com apuração junto às empresas aéreas.
Albertoni também não atuava em nenhum escritório do deputado em São Paulo, e não há qualquer documento que comprove que o pastor exercia a atividade pela qual recebia da Câmara.
Ele prestou depoimento à Policia Federal e alegou que a denúncia se trata de desavenças familiares, e disse que trabalha para o deputado fazendo a ponte entre seu gabinete e as lideranças religiosas do interior de São Paulo.
O pastor garante que enquanto foi assessoria do deputado, mantinha contato quase diário com ele e mantinha uma rotina extensa de trabalho, viajando para se reunir com lideranças.
Dias antes do depoimento à Polícia Federal, Albertoni foi demitido do gabinete do deputado. O caso está sob responsabilidade do ministro Luís Roberto Barroso.