Nesta quarta-feira (10), o pastor Rodrigo Mocellin, da igreja Resgatar Guaratinguetá, foi intimado pela Polícia Civil para prestar esclarecimentos por “intolerância religiosa”. O motivo seria porque o líder religioso associou “Exu” a demônios em um vídeo publicado nas redes sociais.
Além do pastor, o youtuber e estudioso de escatologia Rafael Bitencourt foi alvo de uma representação criminal movida pelo babalorixá Sidney Nogueira e o advogado e ex-secretário de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Hédio Silva Júnior.
Para o advogado e o babalorixá, os vídeos promovem conteúdo de intolerância religiosa.
“Essas postagens veiculam discursos de ódio religioso e de racismo religioso que incitam e induzem os brasileiros a agredirem as religiões afro-brasileiras e seus adeptos”, disse Hédio Silva Júnior à Folha de São Paulo.
No último sábado (7), o pastor Rodrigo Mocellin publicou um vídeo esclarecendo as acusações de “racismo religioso”, um termo que ele não conhecia, e disse que “somente os cristãos não possuem liberdade de expressão”.
“Tolerar crenças não significa que não podemos criticá-las. Eles estão quase passando para o lado em que nos obrigarão a crer como eles, em que nós seremos obrigados a elogiar a religião deles. Isso é intolerância”, o religioso destaca.
Já Rafael Bitencourt se expressou sobre a ação na última quinta-feira (5):
“A Constituição e a lei de intolerância religiosa me garantem o direito à crítica. Não é proibida a crítica de acordo com seus valores e crenças. Mesmo quem não faz parte de uma religião pode tecer críticas e dar a opinião sobre o outro. Se não, a lei impediria a evangelização, a obra missionária e a pregação do Evangelho.”