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Saiba tudo sobre o AVC isquêmico, derrame que atingiu Sérgio Lopes

O cantor gospel Sérgio Lopes foi acometido pelo derrame na última segunda-feira (27).

Publicada em 04/07/22 às 08:30h - 108 visualizações

por O Fuxico Gospel


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 (Foto: Reproduçao )

Na última segunda-feira (27), o cantor gospel Sérgio Lopes sofreu um AVC isquêmico. A informação foi de Marceli Lopes, esposa dele.

Após a informação do problema de saúde do cantor, muitos internautas iniciaram uma pesquisa para saber mais sobre o derrame, as causas e o tratamento.

Mas o que é o AVC Isquêmico? Quais são as causas? E os sintomas? Como é o tratamento?

AVC Isquêmico

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, AVC isquêmico, ou simplesmente AVCI, é o tipo mais comum de derrame cerebral.

No AVC isquêmico, algumas partes do cérebro morrem e param de funcionar porque deixaram de receber o suprimento de sangue necessário para seu bom funcionamento, devido ao entupimento de veias e artérias cerebrais.

O AVC isquêmico pode levar o paciente ao óbito ou deixar sequelas graves, caso ele consiga se recuperar. Há pacientes que sofreram AVC isquêmico que se recuperaram por completo.

De modo geral, quanto mais rápido o paciente e aqueles ao seu redor notarem os sinais do AVC isquêmico e mais rápido ele for encaminhado para o devido atendimento médico, melhores são suas chances de recuperação.

Quais as causas do AVC Isquêmico?

O AVC Isquêmico é causado pelo entupimento de veias e artérias que são responsáveis pela irrigação de diferentes partes do cérebro.

Esse entupimento pode ser causado por dois motivos:

– coágulo sanguíneo: um coágulo sanguíneo pode se formar no cérebro ou em diferentes partes do corpo, chegando até o cérebro. Esse coágulo limita o fluxo sanguíneo ou o bloqueia completamente, causando o AVC isquêmico.

– estreitamento dos vasos sanguíneos: em longo prazo, a pressão alta descontrolada pode alterar o formato das veias e artérias sanguíneas do paciente, fazendo com que fiquem mais afinadas e menos elásticas, aumentando as chances de AVC isquêmico. O estreitamento dos vasos sanguíneos também pode acontecer devido à aterosclerose (deposição de placas de gordura na parede das veias e artérias), limitando o fluxo de sangue.

Quais os sintomas do AVC Isquêmico?

O AVC isquêmico pode ser uma doença silenciosa, em que o paciente não apresenta sintomas ou sinais até que o AVC já esteja em devido curso e bastante avançado.

Assim, muitos dos seus sintomas são súbitos e aparecem do nada.

Entre os principais sintomas de AVC isquêmico, podemos destacar:

  • perda de força em apenas um dos lados do corpo;
  • formigamento em um dos lados do corpo;
  • dificuldade para falar, sensação de língua que enrola ou não conseguir se fazer compreender;
  • boca que entorta ou perda da expressão em um dos lados do corpo;
  • perda da coordenação motora;
  • dificuldade de realizar comandos simples, como levantar um dos braços ou caminhar em linha reta;
  • alterações na visão;
  • dor de cabeça intensa;
  • tontura ou vertigem;
  • desmaios;
  • vômitos.

É importante destacar que o paciente de AVC isquêmico pode apresentar somente um desses sintomas ou vários deles ao mesmo tempo.

Como é o tratamento de AVC isquêmico?

O tratamento precisa ser imediato e deve ser iniciado o mais rápido possível assim que o diagnóstico de AVC isquêmico for confirmado.

Ele envolve o uso de medicamentos trombolíticos diretamente na veia, que ajudam a afinar o sangue, com o objetivo de diluir o coágulo que está causando o AVCI.

Quando o AVC isquêmico é causado por coágulos muito grandes ou pelo estreitamento de veias e artérias do cérebro, é possível inserir um cateter nessas veias. O cateter poderá dissolver o coágulo ou aumentar o tamanho das veias por meio de um stent. Trata-se de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que pode ajudar na pronta recuperação do paciente.

Após a intervenção médica, pode ser necessário acompanhamento médico mais detalhado, para entender se o paciente teve alguma sequela e o que pode ser feito para ajudar em sua recuperação.

7 sequelas mais comuns do AVC

Depois de ter um AVC a pessoa pode ficar com várias sequelas ligeiras ou graves, dependendo da região afetada do cérebro, assim como do tempo que essa região esteve sem receber sangue.

A sequela mais comum é a perda de força, que pode acabar causando dificuldade em andar ou em falar, que são consequências que podem ser temporárias ou permanecer para toda a vida.

Para reduzir as limitações causadas pelo AVC pode ser necessário fazer fisioterapia, terapia da fala e estimulação cognitiva com ajuda de um fisioterapeuta, terapeuta da fala ou enfermeiro para ganhar mais autonomia e recuperar, pois inicialmente a pessoa pode ficar muito mais dependente de outra pessoa para realizar as tarefas do dia-a-dia, como tomar banho ou comer.

A seguir apresentamos uma lista das sequelas mais comuns em pessoas que sofreram um AVC:

  • Dificuldade em movimentar o corpo

A dificuldade em andar, deitar ou sentar ocorre devido à perda de força, de músculo e de equilíbrio de um dos lados do corpo, apresentando o braço e a perna de um dos lados do corpo paralisados, uma situação conhecida por hemiplegia.

Além disso, a sensibilidade do braço ou da perna afetados também pode ficar diminuída, aumentando o risco de a pessoa cair e se machucar.

  • Alterações na face

Após o AVC, a face pode ficar assimétrica, podendo apresentar a boca torta, testa sem rugas e olho caído de apenas um dos lados da face.

Algumas pessoas também podem apresentar dificuldade em engolir alimentos, seja sólidos ou líquidos, conhecido por disfagia, o que aumenta o risco de engasgamento. Por isso, é necessário adequar os alimentos à capacidade de cada pessoa para comer, preparando pequenos alimentos moles ou usar espessantes para melhorar a consistência das refeições. Além disso, a pessoa pode ver e ouvir pior do lado que tem as alterações.

  • Dificuldade para falar

Muitas pessoas ficam com dificuldade em falar, tendo o tom de voz muito baixo, não conseguindo dizer algumas palavras de forma completa ou mesmo perdendo totalmente a capacidade para falar, o que dificulta a interação com a família e amigos. Nestes casos, caso a pessoa saiba escrever, pode-se dar preferência para a comunicação escrita. Além disso, muitas pessoas acabam desenvolvendo linguagem de sinais para se conseguirem comunicar com as pessoas mais próximas.

  • Alterações visuais

Em alguns casos, o AVC pode também ter como consequência alterações na visão, podendo a pessoa ter a visão embaçada, visão dupla e diminuição do campo visual, o que pode fazer com que a pessoa tenha dificuldade de reconhecer objetos, familiares ou para se mover livremente no ambiente, por exemplo. Além disso, em alguns casos pode haver perda total da visão.

  • Incontinência urinária e fecal

A incontinência urinária e das fezes é frequente, pois a pessoa pode perder a sensibilidade para identificar quando está com vontade de ir no banheiro, sendo recomendado usar fralda para ficar mais confortável.

  • Confusão e perda de memória

A confusão após um AVC é também uma sequela relativamente frequente. Nesta confusão estão incluídos comportamentos como ter dificuldade em compreender ordens simples ou reconhecer objetos familiares, não sabendo para que servem, nem como se utilizam.

Além disso, dependendo da região do cérebro afetada, algumas pessoas também podem sofrer de perda de memória, o que acaba dificultando a capacidade para a pessoa se orientar no tempo e no espaço.

  • Depressão e sentimentos de revolta

Pessoas que tiveram um AVC têm um maior risco de desenvolver uma depressão grave, que pode ser causada por alguma alteração hormonal influenciada pelas lesões no cérebro, mas também pela dificuldade em viver com as limitações impostas pelo AVC.

Como é a recuperação depois do AVC

Para reduzir as limitações que o AVC provoca e recuperar alguns danos causados pela doença é fundamental fazer o tratamento com uma equipe multidisciplinar, mesmo depois da alta hospitalar. Algumas terapias que podem ser usadas são:

  • Sessões de fisioterapia com um fisioterapeuta especializado para ajudar o paciente a recuperar o equilíbrio, a forma e o tônus muscular, podendo voltar a andar, sentar e deitar sozinho.
  • Estimulação cognitiva com terapeutas ocupacionais e enfermeiros que realizam jogos e atividades para diminuir a confusão e os comportamentos desadequados;
  • Terapia da fala com terapeutas da fala de forma a recuperar a capacidade para se expressar.

O tratamento deve ser iniciado logo que possível ainda no hospital e mantido em clinicas de reabilitação ou em casa, devendo ser realizado diariamente para que a pessoa possa recuperar maior independência e ganhar mais qualidade de vida.

O tempo de internamento no hospital depende da gravidade do AVC, porém, na maioria dos casos, é de pelo menos uma semana no hospital, podendo ser mantido por mais 1 mês numa clínica de reabilitação. Além disso, em casa é necessário continuar fazendo o tratamento para diminuir as consequências a longo prazo.

Fonte: Rede D’Or São Luiz e Tua Saúde.com



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