Subiu para 19 o número de mortos após uma embarcação naufragar próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, no Pará, na quinta-feira (8). Dos passageiros que estavam na lancha, 63 foram resgatados e os demais seguem desaparecidos, de acordo com a Segup (Secretaria de Segurança Pública do Pará).
Até a manhã deste sábado (10), 18 corpos haviam sido localizados. O 19° foi encontrado nesta manhã após as buscas pelas vítimas terem sido retomadas.
Ainda de acordo com o órgão, o último corpo encontrado foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exames necroscópicos e de reconhecimento.
As outras 18 vítimas, sendo 11 mulheres, cinco homens e três crianças já foram identificadas. Nesta manhã, sete delas foram deslocadas para sepultamento.
Os 63 sobreviventes receberam assistência psicossocial e foram ouvidos para compor o trabalho investigativo. Segundo a Arout (Agência Distrital de Outeiro), a lancha saiu da ilha do Marajó com destino a Belém, fugindo, ao que tudo indica, da área de fiscalização da agência.
Em nota, a Arcon-Pa (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará) informou que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicado à Capitania dos Portos a irregularidade do transporte aquaviário que estava sendo realizado.
De acordo com a agência, a embarcação não possuía autorização do órgão estadual para realizar transporte intermunicipal de passageiros e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, em Marajó.
A Segup informou, ainda, que nove embarcações dos órgãos de segurança do estado e uma aeronave seguem nas ações de buscas e resgate. Duas embarcações e uma aeronave da Marinha do Brasil também atuam no local.
A Polícia Civil segue investigando o caso por meio de um inquérito policial, a fim de localizar os responsáveis pela embarcação para maiores esclarecimentos.
A Secretaria de Segurança Pública do Pará pede para que os familiares de pessoas que estavam na lancha e ainda estão desaparecidas informem os dados dela, características e notifiquem o desaparecimento.
A família deve procurar o Gflu (Grupamento Fluvial), localizado na avenida Arthur Bernardes, 1000, onde será atendida por uma equipe.
O orgão oferecerá aos familiares serviços essenciais e assistência psicossocial, entre demais necessidades
Além disso, os pertences das vítimas encontradas também estão no local e podem ser retirados por algum membro da família.
Quem não conseguir se mobilizar até lá pode falar com as equipes pelo telefone (91) 98899-6323.