A pesquisa conduzida por Araújo observa a expansão das Igrejas Evangélicas no Brasil desde os anos 1960, e seu crescimento considerável desde então. Afirmar perseguição a um grupo que, em 2019, abriu em média 17 novos templos por dia, soa ao menos estranho. O total de novas igrejas evangélicas inauguradas naquele ano chegou a 6.356, e até o final do mesmo ano, o Brasil abrigava quase 110 mil igrejas evangélicas.
O estudo de Araújo também desmistifica a ideia de uma expansão restrita a certas áreas do país. Em 2019, os estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo apresentaram o maior número de Igrejas Evangélicas por 100 mil habitantes. Esta distribuição geográfica sugere que o crescimento evangélico é um fenômeno nacional, e não localizado.
Ronaldo Campos, pastor da Igreja Evangélica em Salvador, comenta: “Embora haja casos isolados de intolerância, o que vemos em nossa comunidade é uma aceitação e crescimento sem precedentes. Temos a liberdade de praticar nossa fé, abrir novos templos e pregar o evangelho.”
A evidência empírica contrapõe a narrativa de “cristãofobia” no Brasil. O fenômeno observado, ao contrário, é de uma expansão contínua e robusta das igrejas evangélicas. O debate sobre a diversidade e respeito religioso é vital em qualquer sociedade, mas é igualmente crucial que esse debate seja fundamentado em evidências e dados concretos.
Nesse contexto, o pesquisador Victor Araújo finaliza: “A expansão das Igrejas Evangélicas no Brasil é um fato, e essa expansão parece continuar. É essencial discutirmos liberdade e respeito religioso, mas devemos evitar simplificações que não refletem a realidade do nosso país.”